segunda-feira, 8 de junho de 2009

Semana estimula preservação

A ocupação irregular das áreas de preservação permanente (APP) do Estado são apontadas, atualmente, como o maior problema ambiental enfrentado tanto na Capital quanto no Interior. O assunto foi destaque, ontem, na abertura da Semana Nacional do Meio Ambiente, que segue até o próximo dia 7.

As famílias residentes às margens dos rios e lagoas, consideradas regiões de risco, com a ocupação irregular, acabam desmatando a vegetação nativa. A ausência da mata ciliar, que ocorre nas margens de rios e mananciais, entre muitos problemas, causa a escassez da água e faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos.

A erosão e o assoreamento também são frutos do desmatamento dessa vegetação nativa, pois a mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando a entrada da luz solar.

Para tal problema, o superintendente da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Hebert de Vasconcelos Rocha, diz que a meta do Governo é proteger 25% destes territórios através de decretos de criação. Com prioridade para as 23 unidades estaduais de conservação ambiental.

“Temos um projeto de revitalização das APPs, um deles é o do Rio Maranguapinho. Além disso, a Semace tem como meta a recuperação da mata ciliar. Para tanto, somente este ano já distribuímos mais de 100 mil mudas entre as prefeituras que nos apresentaram projetos de recuperação desta vegetação”, diz Hebert.

Este ano, a Semace adotou como tema da Semana do Meio Ambiente o “Consumo Consciente”, onde através de palestras na Capital e Interior, o governo utilizará o conceito dos R’s (repensar, reduzir, reutilizar e reciclar), focando as escolhas de consumo e a necessidade de saber bem o que comprar, definindo a melhor maneira de usar e descartar o que não serve mais para reaproveitar.

“Essa atitude é um alerta para os cidadãos em relação ao consumo de determinados produtos. Uma sensibilização para a demanda”, diz Hebert.

Um comentário:

  1. Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.

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